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J. H. Rosny Aîné

(1856-1940)

Pseudônimo de Joseph-Henri Honoré Böex, nascido na Bélgica, mas que passou a maior parte da vida na França. Começou escrevendo em conjunto com seu irmão mais novo e, ao longo de sua carreira, escreveu cerca de 150 livros. Sua obra é formidável devido à amplitude, abundância e diversidade, bem como à multiplicidade de horizontes apresentada. Foi uma pessoa peculiar: aos 17 anos pensou em mudar-se para o Canadá e viver entre os indígenas das enregeladas florestas do Norte e, já homem feito, escreveu que os humanos eram meros "animais verticais". Em sua concepção, os vegetais, animais e minerais têm tanta participação no planeta quanto o ser humano. A harmonia ecológica e cósmica, e não apenas a primazia de uma organização social, seria seu ideal utópico. No tempo de Rosny Aîné, a palavra ecologia ainda não havia sido incorporada ao vocabulário comum. Tampouco temia-se o aquecimento global, os desmatamentos, a poluição, os agrotóxicos. Nesse sentido, o autor pode ser considerado um verdadeiro visionário. Ele imaginou uma crise hídrica muito antes de se falar nesse assunto e, segundo seus biógrafos, teria dito em seu leito de morte que, se pudesse escolher apenas um de seus livros para salvar, seria "A Morte da Terra".

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